Post #3 - A História

Através de cálculos dos exames de Ultrassom que fizemos, e de algumas outras formas utilizadas para determinar o inicio da gestação, temos a informação de que a concepção do Eduardo se deu por volta do mês de Setembro em 2010.


Naquele fim de ano, a Juliete estava terminando a faculdade, e preparando o TCC. Além disso, havia recentemente recebido uma promoção no trabalho.
As pressões causadas pelas novas responsabilidades profissionais combinadas com os estudos e a conclusão do curso na faculdade estavam deixando-a extremamente estressada.
Quando digo extremamente, quero que você leitor entenda que a Juli estava realmente estressada, cansada e com um péssimo humor.
Aquele determinado evento naturalmente feminino, mensal, estava atrasado, e assim continuou, nos meses de Novembro e Dezembro, e este atraso era justificado unicamente pelo estresse causado pelos motivos já citados.
Uma semana antes da apresentação do TCC, nós fomos passar um fim de semana no litoral, um pequeno descanso para a Juli, antes da defesa da tese do TCC.


Foi quando eu reparei que algumas mudanças já haviam acontecido no corpo e no humor da Juju.
Varias vezes conversamos sobre essas mudanças, e a Juli insistia em afirmar que seu problema era simplesmente uma combinação de stress, vontade de comer chocolate e cansaço. (A curva extra na região do abdómen não podia ser citada em nenhuma das conversas, é claro.)
Nesse ritmo, veio o Natal e o Ano Novo. O mês de janeiro passou sem grandes mudanças no quadro geral da nossa vida.
É claro que eu já tinha certeza absoluta quanto à gravidez, mas este já estava se tornando um desses assuntos proibidos no relacionamento.
Eu já conversava com o pessoal do trabalho sobre isso, fuçava na Internet e pensava em como contar para a Juliete que ela estava grávida.
No Inicio de Janeiro (3 meses!) levei para casa um desses testes de farmácia. Complicado de entender e de usar, pois bem, funciona da seguinte forma: Uma listra Rosa significa não, e duas significam sim. No caso da Juli, todo o coletor ficou rosa. Ela disse que isso significava um Não! Eu achei que significava um 'Muito'.
Na semana seguinte, convenci-a a fazer o exame de sangue, BetaHCG.
E assim fomos a clínica, a Juli dizendo coisas como: 'Ok, agente faz o teste, e você para de dizer que eu to grávida!"
Teste feito, o resultado sairia à tarde, no site do Laboratório.
Para ela foi um dia normal, para mim, um dia histórico (cuja data não me lembro, mas, depois eu edito essa parte e acrescento a data). Parte editada, dia 05/01/2011 - Exame de BetaHCG.
Cerca de 4h00 da tarde, um amigo do escritório veio aqui na minha mesa, e me fez abrir o site. Depois de usar o numero do protocolo para ter acesso ao resultado do exame, um PDF abriu na tela. No Cabeçalho, o nome da clinica, o medico responsável, alguns dados da Juliete, e a quantidade de HCG constante no sangue.


Não me lembro com exatidão o valor. Mas era um pouco acima dos 70mil
(Editei... Olhei o valor em casa. )


Imagine: 71.102,0(mUI/mL)


Pois bem, continuo lendo o documento, para encontrar a legenda ou algo que explique esse valor. E encontrei, uma tabela que era mais ou menos o seguinte:


Negativo : Inferior a 1,0 mUI/mL
Positivo : Superior a 25,0 mUI/mL


Fiquei em duvida. Acima de 25? Vinte eCinco o que? Olhei as unidades de medida as escalas, reli o documento varias vezes. Não havia duvida certo? 70 mil é mais do que 25. A legenda não falava de 25mil, apenas, 25.
25 e 70mil são números tão diferentes, que eu nem conseguia colocar esses dois valores em uma mesma escala. A verdade é que eu não entendia bem o resultado. Sim ou não? Grávida ou não?
Meu amigo, que havia sido pai a menos de 1 ano antes, confirmou. Grávida. Muito Grávida. Sem sombras de dúvida. Extremamente grávida. Totalmente grávida.


Eu apenas conseguia sorrir. Não apenas por finalmente poder dizer para a Juli: 'Viu, eu não disse?' Sorria de felicidade. Felicidade por ter percebido, ter ajudado, ter entendido. Feliz por já estar me sentindo bem, pronto e preparado. Em uma idade boa, em um momento bom, com a pessoa que eu escolhi.
Pensava nisso, e é claro, em muito mais, e por mais longe que minha mente ia, o retorno era sempre a felicidade. A Alegria, gostosa alegria, de saber, de ter a certeza, de ter e pertencer a uma família. Uma famÍlia que finalmente estava crescendo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário